segunda-feira, 31 de maio de 2010

"PAREDE DO DESCUIDO"


Vou encomendar um adesivo assim: "Cuidado ao fazer elogios" e distribuir pra minhas amigas. Vira e mexe alguma passa por situação constrangedora por querer ser muito gentil.
A começar por mim, vejam em que me meti por ser delicada demais: em 1980 uma tia minha se descobriu artista. Inventou de fazer uns quadros de pintura em metal que eram uma breguice só e pra piorar - se é que dava pra ficar pior - pintava só cavalos. A razão eu nunca descobri, já que nem ela nem meu tio nunca foram fazendeiros nem chegados a bichos, mas enfim, penso que ela achou que eram animais bonitos e lá foi, pintando famílias inteiras de equinos.
Eu, menina boa praça, querendo estimular, não parava de admirar. Cada um que chegava pra visitar minha mãe ficava sabendo da habilidade de titia.
Pois tanto elogiei que ganhei um quadro de presente de casamento, mas não era um quadro qualquer não, era praticamente um painel com 4 cavalos siameses - um se enroscava no outro e não dava pra saber que parte era de qual.
Uma tragédia, ainda mais que o pai de meus filhos - meu primeiro marido - me proibiu de deixar o presente à vista de qualquer um, inclusive da dele.
Não tendo o que fazer com tal objeto ofereci a outra tia a peça rara, com a condição de que, se algum dia, a artista viesse me visitar, ia pegar lá e pendurar nem que fosse em meu pescoço, pra não desagradar. A emenda ficou pior que o soneto, porque tão logo recebeu a peça "consignada" tratou logo de desmontar o quadro pra aproveitar a moldura.
Agora fico sabendo de uma grande amiga que está na mesma situação - um quadro também, só que de outro animal...
Melhor fazer que nem Sura, a amiga mais engraçada e espirituosa que tenho. Menina de TFM - tradicional família mineira, importantésima nas Minas Gerais, mudou pro interior quando se casou. O marido não era pessoa muito dada a amizades de alto nível, e ela viu que precisava ficar amiga dos que ele conhecia pra não se sentir muito sozinha. Assim fez. Simpática demais, querendo entrosar na cidade, convidava gente todo fim de semana pra almoços bacanérrimos em sua chácara. Com isto ganhava muitos presentes, cada um mais jeca que o outro.
Sabiamente encontrou a solução: Fez uma parede inteira só pra colocar as baranguices, que nomeou como "parede do descuido". Explico: sabe quando a gente ganha alguma coisa e não sabe o que fazer com ela? Aí quem deu pergunta onde está e a gente responde "Nossa, tava admirando o presente que, por descuido, caiu e quebrou".
Assim, toda e qualquer coisa baranga que ganhava tinha lugar certo, era na parede do descuido. Mais legal ainda foi que teve a idéia de fazer a parede até a metade, então se eram objetos de apoiar - tipo cavalinhos de louça, vasos de flor de plástico, elefante com flores na tromba - tinha lugar pra tudo.
E a "Parede do Descuido" ficou famosa!
E Sura foi homenageada na Câmara de Vereadores da cidade com o título de cidadã honorária...

domingo, 30 de maio de 2010

CAMPEÕES EM FAMÍLIA

Final do campeonato de skate no Alphaville. Meus meninos começaram as tomadas de tempo às 10 da manhã e a final foi por volta das 18:30. Sem parar nem pra comer, descem as ladeiras a mais de 100km/h e são alimentados pela mais pura adrenalina.
Artur em 1º e Hugo em 4º. Os dois são feras - Hugo foi e continua sendo exemplo de dedicação e esforço pro irmão caçula. Hoje deu Tuti na cabeça, e já comemoramos também juntos muitas vezes a vitória de Dão.
Resumindo: sou uma mãe muito sortuda, porque em toda competição tenho pelo menos 2 chances de ser mãe de campeão.

Falei neles na postagem da dieta, lembram? Então - valeu a pena seguir as orientações das nutricionistas. Com a alimentação ninja e os treinamentos noites e mais noites - têm que ser sempre durante as madrugadas, porque as estradas estão vazias - acabam alcançando excelentes posições em todos os campeonatos.
Parabéns pra meus anjos skatistas!!!

sábado, 29 de maio de 2010

DIOGO NOGUEIRA

Caraca!!! Sábado à tarde, "sAMBA NA GAMBOa", "Diogo Nogueira é "o cara".
Fala, Fi!!!

sábado, 22 de maio de 2010

PROMESSA

Fiz uma promessa. Pacto. Trato. Combinado. Acerto. Ajuste. Negociata. Qualquer nome serve, e foi com São Jorge, meu guerreiro protetor. Vou contar.
Tava ruim da coluna. No dia dele, 23 de Abril, fui à igreja cheia de fé e alegria. Montei um arranjo lindo com flores e folhagens de meu jardim, amarrei fitas verdes e vermelhas e lá fui eu, de manhãzinha. Nenhuma intenção além de homenageá-lo, só que me emocionei demais pra sair do jeito que entrei.
As barraquinhas na rua estavam sendo erguidas, missa de hora em hora, fiéis saindo pelo ladrão - e olhem que a igreja é grande, enfim, entrei no clima logo na chegada.
Quando vi a "caixa de intenções" no altar - é uma caixa de papelão enorme toda enfeitada com tecidos e papéis coloridos, quase do tamanho de um fogão , onde as pessoas colocam seus pedidos - não resisti. Pensei de mim para comigo: vou criar coragem e propor uma troca - sare minha coluna, meu santinho, que paro de fumar. Mas tem uma condição: que seja sem sofrimento, porque se sofrer fumo sem choro nem vela. Não foi pedido só em pensamento não, foi escrito e documentado. Entrei na fila da tal caixa, que ficava aos pés da imagem. Prendi a respiração e joguei o papel da proposta lá dentro...
Gente do céu! E não é que deu certo? Já saí da igreja sem nenhuma vontade nem de ver cigarro, e a sensação continua até hoje. Amanhã faz um mês e nunca, desde que me enrolei no vício há muitos e muitos anos, fiquei sem fumar e não sofri. Só quando estava grávida e amamentando, o que durava no mínimo 2 anos pra cada filho, é que nem me lembrava de cigarro, mas assim que tomava a injeção pra secar o leite já retomava com a maior disposição.
Então - meu São Jorge cumpriu a parte dele na promessa e eu tô cumprindo a minha.
E olhem que pra encher uma caixa daquelas tem que ter pedido pra arrastar de gancho, mas ele dá conta, sei que dá. Como pegou responsa com o meu deve ter feito o mesmo com todos que confiaram nele.
Já pensaram como ia ser bacana que todo mundo do mundo agisse assim? Tratou tá tratado. Pena que não é...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ONDE ANDA A DELICADEZA?

Fui ao cinema com meu amor; com ele e Tuti, Tê, Lucas, Hugo e Lis. A família vai ao cinema...
Que programa de índio, meu Deus! Mais de uma ida aos 3 maiores shoppings de BH pra tentar comprar ingresso, correria pra chegar mais cedo e encontrar lugar pra sentar, paciência pra enfrentar fila da pipoca, enfim, êita programinha...
Tê veio dar apoio moral e desejou ir - fomos.
Estacionamento lotado, duelando uma vaga, conseguimos chegar à sala de projeção. Muitos lugares disponíveis, uma vez que escolhemos a sessão que coincidia com o horário da final do campeonato mineiro.
PEQUENO detalhe: meu Walmir assistiu ao filme sentado na escada. A ocupação das poltronas era de mais ou menos 50%, só que eram pessoas que simplesmente queriam assistir ao filme sem nenhum vizinho, ou seja, sentavam entre 2 poltronas vazias. Ninguém teve a delicadeza de se oferecer pra pular uma poltrona e dar a chance de encontrarmos duas juntas.
Sendo assim não conseguimos nos sentar lado a lado e, como somos um par inseparável, fiquei eu numa poltrona de corredor e ele na escada, de mãos dadas comigo.
Azar dos egoístas, que continuaram tendo inveja de um casal apaixonado no escurinho do cinema - apesar do desconforto...